Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

sábado, 27 de outubro de 2012

Filhos do Infortúnio


Vivo em sonhos, como quimeras abstratas e inalcançáveis

Os dias correm, evoluem para lugar nenhum, como se parassem na hostilidade do tempo, em que ouço os gritos dos mudos em surdina e aplaco a ira divina. Contra seres existenciais estragados, fora de validade á muito e acorro a um deserto de opiniões, de pareceres, e tento mitigar a dor, no horror que alimentam, e parto, parto a um rumo insondado das levezas que o seguram

Sinto a paz dos homens que fazem a guerra, como dias negros de chuvas diluvianas, dias que transborda as misérias, na sensatez rara de mentes que prolifera,

Obliquamente a estrada segue numa aparente inocência, seres esquivos de silhuetas medonhas, fazem-se ouvir nos cantos do mundo e matam de fome os filhos do infortúnio.

Se o período morresse e a tempestade parasse, se o sol agisse e o mundo gritasse, se os pesadelos caíssem e os sonhos deleitassem, se os pérfidos tombassem e os leais se levantassem, o mundo agradecia e às crianças resolvia todo o mal que lhe aplicassem

Mas dias claros se aproximam, se avizinham velozes e inexoráveis, num assombroso amanhecer, Naquele que é a estrela-d’alva

 

Luís Paulo

 

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