Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ausências


A noite estava fria,
o equador já sem vida,
O rosmaninho revolto na paliçada concedia um véu translucido de traços suaves na noite
no alpendre o teu espaldar não tinha ninguém,
deserto ártico,
escuridão
no rosto tatuado a desilusão
A noite avançada,
o vento norte,
horas tardias,
a mente em convulsões transgénicas,
a morte, a vida,
A desordem, o caos, o sonho!

E tu,
eras um perfume ténue que se desvanecia  no tempo
no teu espaldar vazio, esquecias as núpcias da tua mocidade
elegias a utopia, a escusa
as vozes, os murmúrios, os suores,
as janelas embaciadas
a vida, a tua vida
era,
solenidades noturnas

 
Luís Paulo
Pintura_Quando rompe a manhã_Richard Johnson

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