Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

sábado, 13 de outubro de 2012

Palavras retidas


Olho os teus olhos,
avassala-me o azul do teu olhar
fico preso, acorrentado 
e as palavras não saem
meu imo vacila… fica mudo,   
no teu encanto me desnudo

como imberbe inexperiente
Taciturno

E há tanto para dizer,

falar da chama que aguilhoaste em mim,
declamar… patentear o que senti
segredar no âmago em ti…   
quando te tive,
te possuí…

Na noite adiantada, 
enleados no luar á beira-mar
o areal, um lençol de cetim 
segredar,
o sentir-te arrepiar,
o rubor do teu rosto
os fluidos do teu corpo
o etéreo desejo
o aveludado das tuas palavras 
a ária do teu suspirar… 

Sim,
Amei-te…
como a noite ao luar   
mas as palavras não vão…
prisioneiras de ti,
ficam por ditar

 
Luís Paulo

 

 

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