… Sentei-me a descansar um pouco onde nos sentávamos
meu amor,
Sim, eu sei que prometi não voltar,mas o dia estava tão lindo, o sol brilhava, e há tanto tempo que não saía de casa.
Construí um pequeno passeio a caminhar um pouco.
Depois…depois, ouço meus passos ecoar no silêncio frio do meu coração e lembro-me que foste o meu caminho…
Desculpa meu amor,
mas sem ti não sei que fazer,para onde ir,
Assim,
sento-me aqui e escrevo,
Não! Escrevo apenas palavras que vagueiam soltas e que o meu coração já não consegue segurar,
Escrevo os teus gestos,
as palavras que revelavas, tão doces que me adormecia a noite
o teu amor, que me fazia esquecer o medo
além disso meu amor,
é aqui sentado que me sinto mais perto de ti,
olho o passado,
vejo as tardes onde passeávamos de mãos dadas, a tua voz, tão clara, tão meiga, o teu sorriso desafogado que abraçava o mundo
Ah! Se pudesse emoldurar o tempo!
O tempo em que eras a minha estrofe,meu oboé de Chopin
Ah! Se pudesse,
pendurava aquele tempo no meu quarto e tinha-te todas as manhãs!
Estou a ficar velho meu amor.
E agora…que me importa o tempo que me sobra?!
Tu eras o hífen que me juntava á vida,
vida que ainda me autorizava sonhar, e que agora é um fardo que carrego sem esperança.
Há esperança na morte?
Por vezes dou por mim a invejar quem morre,Hoje, a minha esperança é que a usura do tempo seja veloz e me leve até ti!
“Prometes que vais ser feliz?” Dizias
Prometi que sim, nunca te negava nada.
Menti!
não consigo aguentar mais a promessa,
não consigo ser feliz sem ti, meu amor…
não consigo amar-te mais tempo em silêncio,
não consigo morrer meu amor!
Que sensibilidade! Dizer assim de forma tão bela um amor que partiu é ser-se um verdadeiro Poeta do Sentir.
ResponderEliminarObrigado Nathalie. A Nathalie sentiu, e isso sim, é uma grande sensibilidade...
EliminarMais uma vez, obrigado