Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quem és Lisboa


Sou caminhante nas terras do nada

 Como a névoa fátua, também sou passageiro

Nesta estrada fria, triste, sinuosa

Na minha terra sou estrangeiro

Percorro dia e noite ruas descalças

Em busca de calor humano

Dos prédios de esquinas polidas

Meus olhos só vêm desgraças

Lisboa que foste menina

Aos olhos dum poeta verdadeiro

Hoje carregas a desgraça

Que se vê no mundo inteiro

Fogem de ti os teus filhos

P`la vergonha de quem te lida

Partem, vão para outros lugares

Em busca de melhor vida

Com lagrimas nos olhos

Vão-se, ficam saudosos

O tempo esquece o tempo cura

Começam de novo, são felizes

Sem aquela amargura

 

Luís Paulo